Como previsto, o músico Jarbas Bittencourt e o coreógrafo Zebrinha, ambos do Teatro Vila Velha (Salvador, Brasil), chegaram este fim-de-semana a Coimbra e iniciaram de imediato os trabalhos com o elenco de “As Orações de Mansata”.

Ao longo das duas próximas semanas, a música e o movimento serão particularmente trabalhados com a equipa, ao mesmo tempo que começam a aparecer em palco os primeiros elementos de cenário, adereços e figurinos.

A estreia é (já) a 17 de Outubro, no Teatro da Cerca de São Bernardo.

foto: Eduardo Pinto

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JARBAS BITTENCOURT

foto: Eduardo Pinto

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Cantor e compositor, actua como músico profissional há dezoito anos nas áreas da MPB e da composição de bandas sonoras para Teatro e Dança.
Em 1993, fundou a Confraria da Bazófia, grupo de músicos, cantores e compositores que se vêm destacando no cenário musical baiano através de composições próprias e que, com dois cds gravados ao longo da sua trajectória, esteve ao lado de artistas como Tom Zé, Capinam, João Bosco, Gilberto Gil, Roberto Mendes, Lenine, Vânia Abreu, Lazzo, Márcia Short, Jorge Portugal, J. Veloso, entre outros.
Em 1996 iniciou-se no campo da direcção musical e da criação de bandas sonoras para espectáculos de dança e teatro. Neste mesmo ano compôs as músicas de “Erê pra Toda a Vida”, encenação teatral para o Bando de Teatro Olodum, dirigido por Márcio Meireles e coreografado por Zebrinha, espectáculo criado especialmente para o Carlton Dance Festival.
Recebeu o Prêmio Braskem de Teatro pelo conjunto da obra em 2004, tendo em consideração os espectáculos: “Vixe Maria, Deus e o Diabo na Bahia” (espetáculo comemorativo dos 30 anos da Fundação Cultural do Estado da Bahia), “Esse Glauber”, “Irôco”, “Da Ponta da Língua a Ponta do Pé”, “Alices e Camaleões”, “Primeiro de Abril”, “Eu”, “A Prostituta Respeitosa”, “Essa é Nossa Praia” e “Auto-retrato aos Quarenta” (espectáculo comemorativo dos quarenta anos do Teatro Vila Velha).
Em 2010 recebeu o Prêmio Braskem de Teatro pelo espectáculo “Shirê Obá, A Festa do Rei”.

ZEBRINHA

foto: Eduardo Pinto

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Bailarino, coreógrafo e professor.
Estudou dança clássica e moderna na Suécia e na Holanda (Stadeliyk Conservatorium en dans Academie te Arnhem).
Como bailarino, foi solista nas companhias Brasil Tropical (onde foi também assistente de coreografia e com a qual actuou em quase todas as capitais europeias), Introdanns (Holanda), Paradis Latin e Alcazar (França) e no Ballet de Monte-Carlo. Actuou em espectáculos com artistas consagrados como Joel Grey, Ben Vereen, Liza Minelli, Tina Turner, entre outros.
É coreógrafo da Companhia dos Comuns (Rio de Janeiro) e do Bando de Teatro Olodum (Salvador) e é director artístico de uma das companhias de dança mais aclamadas do mundo, o Balé Folclórico da Bahia. Entre os seus trabalhos para teatro, destacam-se os trabalhos para os espectáculos “Zumbi” (Londres e Brasil), “Erê” (Londres), “Dona flor e seus dois Maridos” (Ilhéus e Salvador) e “A Opera dos três vinténs”, “O Cabaré da Raça”, “Relato de Uma Guerra Que Não Acabou”, “Ó Paí Ó”, “Áfricas”, “Sonho de Uma Noite de Verão” e “Bença” (todos do Bando de Teatro Olodum, em Salvador). Por este último venceu o Prémio Brasken para melhor coreografia em Teatro.
Foi professor nos cursos livres de dança moderna da escola de dança da Universidade Federal da Bahia, na Stadeliyk Conservatoriam en dans Academie te Arnhem, na Academie Internationale de Paris (França), no Project Studio (Munique, Alemanha) e na Federatie Friy Tiyed (Bélgica). Recebe frequentemente convites para dirigir cursos e ateliers nessas instituições. A sua experiência tem ajudado a formar vários artistas baianos que integram atualmente posições de destaque em grandes companhias de dança, no Brasil e no estrangeiro.
Coordenou o Primeiro Encontro de Escritores da Língua Portuguesa, o Encontro de Culturas da América Latina, a CIAD – Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora, o evento Capoeira Patrimônio Cultural, o Lançamento do III Fesman, a Semana do Benin em Salvador. Foi coordenador artístico do Festival de Arte Negra no Senegal em 2010, do Festival de Nossa Senhora da Candelária em Tlacotalpan, do Carnavaval de Veracruz em 2011 (México) e de outros grandes eventos nacionais e internacionais. É actualmente coordenador e director artístico do Festival Afro-Caribenho no México.